- 12/08/2021
- Telecom
Nomenclatura dos cabos ópticos: você entende?
A nomenclatura dos cabos ópticos é padronizada pela ABNT e todas as empresas atuantes no Brasil devem seguir a norma. Isso é importante para que haja um padrão e o consumidor consiga identificar exatamente as características de um cabo, independente do fabricante.
O nome de um cabo óptico, impresso no próprio cabo e disponível nas especificações do produto, possui várias letras e números e é normal ficarmos um pouco confusos com o significado que cada um tem.
Para te ajudar a compreender melhor o que cada letra e número significa, nós preparamos um guia com as principais. Confira abaixo!
Nomenclatura cabos ópticos para rede externa aérea e subterrâneas
Os cabos para rede aérea possuem a seguinte nomenclatura básica: CFOA-X-T-Y-W-Z-K, sendo que CFOA determina que o cabo possui fibras ópticas revestidas de acrilato.
X determina o tipo de fibra óptica, que pode ser
- MM: Multimodo
- BLI: monomodo de baixa sensibilidade à curvatura
- SM: monomodo de dispersão normal
- NZD: monomodo de dispersão deslocada e não nula
T se refere a aplicação do cabo e formação do núcleo, sendo
- AS: designação para um cabo óptico aéreo autossustentado com mais de um tubo loose.
- ASU: é um cabo óptico aéreo autossustentado com um único tubo loose.
- DD: cabo óptico dielétrico para aplicação subterrânea em duto e aérea espinada com mais de um tubo loose.
- DDU: é um cabo óptico dielétrico para aplicação subterrânea em duto e aérea espinada com tubo loose único.
- DDR: refere-se a cabos ópticos dielétrico protegido contra o ataque de roedores para aplicação subterrânea em duto ou aérea espinado com mais de um tubo loose.
- DDRU: são os cabos ópticos dielétrico protegido contra o ataque de roedores para aplicação subterrânea em duto ou aérea espinado com um único tubo loose.
- DE: são cabos ópticos dielétrico para aplicação subterrânea diretamente enterrados, ou seja, diretamente no solo.
A letra Y mostra o vão máximo, ou seja, a distância máxima entre os postes de instalação, e são, geralmente, de 80, 120 e 200. Essa característica não se aplica aos cabos para aplicação subterrânea.
W se refere ao tipo de barreira à penetração de umidade utilizada no cabo.
- A letra G designa um cabo geleado, ou seja, com geleia no tubo loose e no núcleo.
- S é um cabo seco, com geleia apenas no tubo loose. Nesse caso a proteção contra umidade do núcleo é feita por fio e fita bloqueadores de água.
- O cabo TS é totalmente seco, não utilizando geleia e contendo tubo loose com fio bloqueador de água e núcleo com fio e fita bloqueadores de água.
Z é o número de fibras ópticas do cabo.
K é o tipo de revestimento externo e identifica o comportamento frente à chama, podendo ser
- NR: normal.
- RC: retardante à chama.
- LSZH: Cabo óptico com baixa emissão de fumaça e livre de halogênios
Por exemplo, um cabo com nomenclatura CFOA-SM-AS-200-S-144-NR é um cabo autossustentado com fibra monomodo padrão, vão de 200 m, com geleia nos tubos e fita e fio bloqueadores de água no núcleo, 144 fibras ópticas e com capa sem nenhuma característica especial frente à chama.
Já um cabo com nomenclatura CFOA-BLI-DDR-G-288-LSZH é um cabo óptico dielétrico anti-roedor para aplicação subterrânea em duto e aérea espinado com fibra de baixa sensibilidade à curvatura, com geleia nos tubos e no núcleo, 288 fibras e com capa com comportamento retardante à chama, com baixa emissão de fumaça e livre de halogênios.
Nomenclatura cabos ópticos internos
Os cabos ópticos internos possuem nomenclatura padrão CFOI-X-Y-Z-W. A sigla inicial, CFOI, significa que é um cabo óptico para uso interno.
Assim como nos cabos externos, X significa o tipo de fibras. Já Y é a formação do núcleo, podendo ser:
- MF: núcleo com cordões ópticos monofibra.
- MTF: núcleo com cordões ópticos multifibra.
- EO: núcleo com elementos ópticos.
- UB: núcleo com uma unidade básica em tubos.
- UT: núcleo com unidade básica em tubo loose único.
Nos cabos internos Z também é o número de fibras ópticas que o cabo possui e W o tipo de revestimento e comportamento frente à chama, que podem ser:
- COG: proteção normal, retardante à chama, porém com emissão de fumaça tóxica e extinção ao fogo mais demorada que o LSZH.
- COR: cabo óptico Riser, também com propriedade retardante à chama.
- COP: cabo óptico Plenum, também com propriedade retardante à chama.
Um cabo com nomenclatura CFOI-SM- UB- 36-COG, por exemplo, é um cabo óptico interno com fibra monomodo padrão, 36 fibras e com capa com comportamento retardante.
Nomenclatura Cabo Drop
O cabo drop é utilizado para acesso final ao cliente e possui nomenclatura oficial CFOAC-X-W-Z-CA-K. Sendo que a sigla inicial, CFOAC, designa um cabo de fibra óptica de acesso. Assim como nos cabos explicados anteriormente, X é o tipo de fibra óptica utilizada no cabo.
W mostra o tipo de material dos elementos de tração do cabo e pode ser
- CM: compacto metálico.
- CD: compacto dielétrico.
Como nos outros cabos, Z também é o número de fibras.
A sigla CA refere-se a classe de atrito, podendo ser
- CO para atrito convencional.
- AR para atrito reduzido.
Para finalizar, K é referente ao grau de proteção ao comportamento frente à chama, sendo
- COG proteção normal, retardante à chama, porém com emissão de fumaça tóxica e extinção ao fogo mais demorada que o LSZH.
- LSZH, um cabo óptico com baixa emissão de fumaça e livre de halogênios.
Essas são as principais nomenclaturas de cabos ópticos, mas ainda há outras. Se ainda tiver dúvidas, entre em contato com a gente que podemos ajudar você a escolher as melhores caraterísticas dos cabos do seu projeto.
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